Apesar da azáfama própria do final do ano letivo, não quisemos deixar passar a oportunidade de dar o nosso humilde contributo para a comemoração dos quinhentos anos do foral desse local tão mágico a que chamamos Monsaraz. Ao fim e ao cabo, a nós, professores, cumpre-nos passar o testemunho dessa memória coletiva que nos une e ajuda a saber quem somos para que, com mais conhecimento de causa, possamos inventar o futuro. A memória, essa força poderosa que não deixa morrer quem amamos, que nos permite trazer o passado, que viaja do indivíduo para o grupo e regressa ao indivíduo, marcando o ritmo da igualdade numa comunidade e das diferenças culturais, resultando em riqueza. Li algures que as memórias são como fotografias do passado, quantas mais, maior o álbum, mais histórias para contar, mais pensamentos a povoar a capacidade de sonhar, mais lições a aprender, para que os erros não se repitam.
Na aula, os alunos da turma PIEF, com a ajuda preciosa e esclarecedora do seu professor de História, Dário Leitão, leram integralmente o foral datado de 1512, concedido a Monsaraz por el-rei D. Manuel I. Claro que essa leitura serviu de base para outras conversas… De seguida, apresentamos um pequeno apontamento do aqui referido. Ficámos com pena do tempo, esse grande maroto, não ser elástico… Podíamos ter feito isto, podíamos fazer aquilo… Pois é, vontade não falta, comemora-se o passado, sabendo que o futuro está mesmo aqui perto!
- Parabéns, Monsaraz!
Maria João Cunha
Junho 2012
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